Um eclipse solar, no dia 29 de Maio de 1919, na ilha do Príncipe, foi utilizado por Arthur Eddington, astrónomo inglês, para provar que Einstein estava certo. A efemeride é celebrada hoje no Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), através de uma palestra e de uma exposição. A Fundação Mário Soares organiza ainda uma exposição em S. Tomé focada na expedição de Eddington.
Num artigo de Ana Simões, Paulo Crawford e Elsa Mota publicado no prestigiado "British Journal for the History of Science" desvenda-se o papel dos astrónomos portugueses na expedição de Eddington, sendo que o próprio Eddington se correspondeu com astrónomos portugueses, dessa vez do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), na Tapada da Ajuda, nomeadamente com Campos Rodrigues, então director do OAL, e o seu subdirector Frederico Omm. A primeira missiva chegou a 11 de Novembro de 1918, a informar da expedição.
Os documentos estavam guardados no OAL até serem descobertos em 2005 pelos autores do artigo do "British Journal for the History of Science".
Segundo Ana Simões disse ao Jornal Público, "Vivia-se em plena I Guerra Mundial. A Alemanha estava completamente isolada do mundo. Einstein não era conhecido. Em 1919 havia três ou quatro astrónomos no mundo que estavam preparados para tentar provar a Teoria da Relatividade, que era muito complicada. Nem para Eddington foi fácil saber dos resultados de Einstein. Mas Peres Júnior sabia o que a expedição inglesa queria fazer no Príncipe."
O número da Gazeta de Física 32 Fasc 1, publicado ontem online, traz mais notícias sobre a efeméride no artigo "O eclipse do Sol na Ilha do Príncipe" de Sofia Andringa.
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