sexta-feira, junho 24, 2005

As Escolhas do Jonas - O Ataque dos Clones

E aqui estamos para mais uma crónica semanal sobre os acontecimentos nacionais mais relevantes. Antes de mais quero aqui anunciar que, a pedido de muitas famílias, vou tentar encurtar os posts semanais publicados de modo a não afugentar nem cansar quem, por acaso, se depare com estes textos tão cuidadosamente elaborados. Assim, resolvi começar logo por encurtar este post (umas duas ou três linhas) e esperar pela reacção do público, esperando que esta seja positiva (pelo menos que não comecem a atirar tomates podres à minha pessoa). Igualmente a conselho de um ouvinte destes comentários (sim, já tenho pelo menos uma pessoa a ler o que eu escrevo) comecei a consultar uma psicóloga (bem, ainda não é exactamente uma psicóloga mas já está a acabar o curso; além disso, é o que estava à mão...). Até já sinto umas melhoras (acho eu!).

O principal acontecimento da semana que passou foi, indubitavelmente, o arrastão ocorrido na praia de Carcavelos no dia 10 de Junho, feriado nacional. Este acontecimento foi marcado por uma série de estranhos pormenores, sendo que o primeiro da lista foi o número de pessoas envolvidas nesta mega concentração de assaltantes por esticão. Sabe-se agora que o número inicialmente fornecido de 500 «perturbadores da paz pública e da carteira alheia» estava um bocado exagerado em relação à realidade (um bocado é favor). Este exagero é altamente compreensível devido a uma série de factores relacionados com o facto de este arrastão se ter dado em Portugal. Primeiro, é típico do português ir carregado para a praia com o seu farnel e o usual garrafão de 5 litros (conforme também se vê nos comboios) pelo que começa a ver o restante pessoal a dobrar ou até a triplicar. Igualmente importante nesta explicação é o facto de que quando começa a haver problemas, o português finge que não é nada consigo mas quando tudo acaba dá a sua opinião de cidadão revoltado procurando exagerar os números para explicar o facto de não ter feito nada.
Mesmo assim, e ao contrário da maioria dos portugueses, eu sou da opinião que não nos devemos limitar a comentar o acontecimento procurando encontrar alguém a quem pôr as culpas mas devemos sim procurar ver o lado positivo das coisas e encontrar novas maneiras de melhorar o país. Assim sendo, e com base neste espírito inovador, lanço aqui um conselho ao sr. ministro das finanças: e que tal formar uma equipa de uma centena e tal de fiscais de impostos para fazer um «arrastão» pela população. Assim, bastava colocá-los numa praia e eles varriam a praia inspeccionando as declarações fiscais de cada um. Além disso, com esta equipa formada a fazer arrastões de Norte a Sul do país já não haveria mais nada para «arrastar» por parte desses assaltantes de Carcavelos.

Para terminar este comentário gostaria apenas de felicitar publicamente o pódio conquistado pelo piloto português Tiago Monteiro. É verdade que foi necessário que quase todos os outros corredores tenham desistido da corrida mas mesmo assim foi um brilhante terceiro lugar (não sei porquê mas esta história faz-me lembrar a conquista da SuperLiga pelo Benfica e que está bem retratada na frase
O Benfica só foi campeão porque o Porto e o Sporting não quiseram. O Benfica também não queria, mas descuidou-se.
publicada no "Inevitável").

Altura de me despedir.
Continência e tal,
Jonas

2 comentários:

André disse...

"Sabe, no fundo o que aconteceu com Tiago Monteiro em Indianápolis é uma metáfora de Portugal: se todos os que estiverem à nossa frente desistirem podemos ser um país competitivo." - Luís Afonso, caricaturista, in revista Sábado.

Eu não quero com isto retirar o mérito ao Tiago, mas que isto tem ironia lá isso tem:-)

Cristiana disse...

Escrevem Escrevem ... Escrevem Escrevem ... mas eu não os vejo a dizer nada ... pois claro que fico chateada ...

LOLOLOL