What Is Physics? Science is built up with facts as a house is with stones. But a collection of facts is no more a science than a heap of stones is a house.
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Ecrã baseado em quantum dots
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Molybdenite
O grafeno é apontado como o grande substituto do silício, levando nos a próxima era da tecnologia.
Grafeno tem apenas um átomo de espessura e comporta-se como um semi-condutor. Já existem transístores experimentais baseados em grafeno.
Mas está não é a conclusão de uma equipa do Instituto Politécnico de Lausanne (EPFL)na Suiça em que afirma que molybdenite (MoS2) levara a próxima geração de semi-condutores. Molybdenite tem um consumo de energia cerca de 100 000x menor que o silício. Permite criar transístores muito menores que os baseados em silício. Também é melhor que o grafeno pois possui uma bandgap, afirmam os investigadores. É muito mais fácil produzir uma "folha" de molybdenite, que de grafeno.
“In solid-state physics, band theory is a way of representing the energy of electrons in a given material and in semi-conductors, electron-free spaces exist between these bands, the so-called "band gaps", the researchers said. “If the gap is not too small or too large, certain electrons can hop across the gap."
The existence of this gap in molybdenite also gives it an advantage over graphene," the researchers said. "Considered today by many scientists as the electronics material of the future, the 'semi-metal' graphene doesn't have a gap, and it is very difficult to artificially reproduce one in the material.”
"[Molybdenite] has real potential in the fabrication of very small transistors, LEDs and solar cells," said EPFL professor Andras Kis.
Fig. 1: Molybdenite—MoS2—here is used to create an ultra-lower power field effect transistors (FET) by acting as its channel on a silicon-on-insulator substrate using high-k dielectric (HfO2) gate oxide.
Ver mais: http://www.eetindia.co.in/ART_8800633898_1800007_NT_79093b81.HTM
http://www.pcpro.co.uk/news/364801/super-material-tipped-to-succeed-silicon
http://en.wikipedia.org/wiki/Molybdenite
http://blogs.discovermagazine.com/80beats/2011/01/31/a-mineral-you%E2%80%99ve-never-heard-of-could-create-next-gen-electronics/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+80beats+%2880beats%29
Google oferece prémio de 20 mil dólares
A empresa quer dar o prémio em dinheiro a qualquer hacker que consiga comprometer a segurança do portátil Cr-48.
De acordo com a ZDNet, a Google está a oferecer um prémio de 20 mil dólares em dinheiro (cerca de 14 500 euros) ao hacker que conseguir comprometer a segurança de um netbook Cr-48.Este é o netbook da Google equipado com o Chrome OS, e a empresa quer especificamente que o vencedor descubra uma falha na segurança do sistema sandboxbrowser. do O prémio faz parte do concurso CanSecWest deste ano , onde investigadores de segurança e hackers tentam contornar os mecanismos de segurança de populares browsers e sistemas móveis.
Fonte: exameinformatica.pt
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
XII Encontro Nacional de Estudantes de Física 2011
Parece que este encontro persiste em continuar (e ainda bem ):D
Lisboa, 17 a 20 de Fevereiro de 2011
http://enef2011.nfist.pt/
No site podem consultar mais informações.
Abraços.
terça-feira, janeiro 25, 2011
Apagar informação se custo de energia
Tradiconalmente o processo de apagar informação requere um custo calculado em termos de energia, mais especificamente, dessipação de calor. Em 1961 Rolf Landauer argumentou de que existe uma quantidade minima de energia requerida para apagar um bit de informação. A energia requerida está relacionada com a temperatura do sistema.
No entanto um estudo recente dos físicos Joan Vaccaro de Griffith University em Queensland, Australia, e Stephen Barnett da University of Strathclyde em Glasgow, UK descreveram quantitativamente como a informação pode ser apagada sem custo algum de energia. Apenas um custo de momento angular de spin.
Para melhor explicar o estudo criaram a seguinte demostração:
Maxwell’s demon can extract work from a single heat reservoir at a cost of spin angular momentum. In step (a), the demon has no memory and the gas in the heat reservoir is in thermal equilibrium. In step (b), the demon divides the reservoir in two, trapping the fastest moving molecules on the right side, and uses a heat engine operating between the two partitions to extract work. In step (c), the demon's memory is erased using a spin reservoir and the two partitions are allowed to return to equilibrium. Image credit: Joan A. Vaccaro, et al. Fig. 1. ©2011 Royal Society.
Para Saber Mais:
http://www.physorg.com/news/2011-01-scientists-erase-energy.html
http://dx.doi.org/10.1098/rspa.2010.0577
sexta-feira, janeiro 07, 2011
Cientistas criam Halograma de um átomo
This velocity map image shows the velocity distribution of ionized electrons, which are used to create a hologram of a Xenon atom.
Ver mais: http://www.physorg.com/news/2011-01-scientists-holograms-atoms-electrons.html
http://www.sciencemag.org/content/331/6013/61
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Chave mestra da PlayStation 3 revelada
A colectiva de Hackers (The fail0verflow ) diz ter já partilhado online o código e ferramentas para se produzirem novas aplicações para a PlayStation 3.
O mesmo grupo diz ter conseguido instalar o LinuX, para melhor tirar partido do seu processador.
Ver mais:http://www.bbc.co.uk/news/technology-12116051
segunda-feira, janeiro 03, 2011
Reprocessamento do lixo nuclear
Com este processo dizem conseguir multiplicar a energia produzida anteriormente aproximadamente 60 vezes.
Por exemplo combustível que antes dava para produzir energia para 70 anos, com este método dá para 3000 anos.
Contudo nenhum detalhe do método foi revelado.
Ver mais:http://www.physorg.com/news/2011-01-china-nuclear-fuel-breakthrough.html
Encontrados dentes humanos mais antigos do que Homem moderno
Ver Mais:http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/dentes-humanos-encontrados-em-gruta-de-israel-sao-mais-antigos-do-que-homem-moderno_1473109
sexta-feira, dezembro 17, 2010
Médicos alemães declaram cura de VIH....
De acordo com Thomas Schneider e os seus colegas da Universidade Médica de Berlim o paciente, que tinha leucemia e VIH, quatro anos após a cirurgia continua livre do vírus. “Os nossos resultados sugerem fortemente que a cura para o VIH foi conseguida para este paciente”, lê-se no jornal médico Blood, onde acaba de ser publicado um artigo sobre o caso.
A história foi divulgada pela primeira vez em Março de 2008, num congresso que decorreu em Boston sobre retrovírus e doenças oportunistas. Gero Hütter, outro dos colegas de Schneider, apresentou o espantoso caso de um doente com VIH e leucemia que, ao que tudo indicava, estava livre do vírus da sida há 145 dias. Porém, o resultado foi recebido com muita prudência – já que falar em “cura” da sida após tantos fracassos na investigação tornou-se um tema sensível.
Uma outra curiosidade neste caso é que Gero Hütter, médico do norte-americano, não é especialista em sida mas sabia da existência de uma mutação genética, conhecida desde 1996, que torna as pessoas que a herdaram dos dois progenitores imunes a quase todas as estirpes de VIH. A mutação verifica-se no gene que comanda o fabrico de uma proteína, a CCR5. Normalmente, a CCR5 encontra-se à superfície das células-alvo do VIH, que a usa para entrar nelas e replicar-se. Mas nos "mutantes", ela desaparece e o vírus fica à porta.
O segredo escondido numa mutação genética
A equipa procurou, entre as amostras de sangue de dadores de medula óssea compatíveis com o doente, uma que fosse mutante de pai e mãe para a CCR5. E encontrou-a na amostra n.º 61 entre 80 possíveis. Uma sorte, visto que apenas um por cento dos europeus são portadores desta mutação (e talvez um pouco mais no Norte da Europa). O doente foi então irradiado e tratado, de forma a eliminar virtualmente todas as células do seu sistema imunitário, e a sua medicação anti-VIH suspensa. A ideia era retomar os tratamentos para o VIH após o transplante. A equipa tem procurado o vírus no seu cólon, fígado, líquido espinal e cérebro – os reservatórios onde o VIH se pode “esconder” durante anos.
Mas o vírus não voltou e acende uma esperança para o futuro, ainda que prudente, já que a equipa de Schneider salienta que este não é de todo um tratamento de larga escala. O transplante de medula óssea é um procedimento de última linha na área da hematologia e apresenta riscos elevadíssimos, além de ser extremamente doloroso para o doente e de demorada convalescença.
O transplante implica destruir a medula óssea do paciente e depois transferir a do dador compatível. Seguem-se longos meses de espera para que o sistema imunitário de reconstitua. “Não é prático e pode matar pessoas”, salientou à agência noticiosa Reuters Robert Gallo, do Instituto de Virologia Humana da Universidade de Maryland, que ajudou a descobrir o vírus da imunodeficiência humana (VIH), responsável pela sida.
O investigador não descarta a hipótese de cura mas sublinha que só depois de o doente morrer e de ser feita uma análise genética completa se poderá ter certezas. O vírus da sida atinge 33 milhões de pessoas em todo o mundo e já matou mais de 25 milhões desde que a pandemia começou, nos anos 1980.
Fonte:publico.pt
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Resolveu a equação: ganhou um portátil CR-48, da Google
O vídeo de promoção ao Chrome e ao portátil CR-48, da Google, escondia uma fórmula matemática. Quem foi o primeiro a resolvê-la recebeu um computador.
O vídeo fez sucesso na Web. Nele, um dos responsáveis pela usabilidade do sistema operativo Chrome mostra como depois de o computador ser completamente destruído é possível aceder a todos os dados, porque o Chrome funciona baseado na Web e, por isso, tudo fica lá guardado.
No entanto, o pormenor interessante neste vídeo é que a Google inseriu aqui o que se costuma designar por "Ovo da Páscoa". Basicamente, um conteúdo que quando encontrado e decifrado permite aceder a outras informações.
O "Ovo de Páscoa" deste vídeo era uma fórmula matemática (faça uma pausa aos 2m25s). Quem esteve com atenção foi, segundo o Engadget, um tal de Sylvain Zimmer que juntou um grupo de amigos para resolver a equação. Demoraram um dia a fazê-lo. No final, obtiveram uma série de números que converteram em letras. Estas formaram a frase: "Speed and Destroy". Escreveram goo.gl à frente dessas letras e foram presenteados com uma mensagem que os congratulava por terem sido os primeiros a quebrar o puzzle certificado pela MENSA. Por isso, iam receber um portátil CR-48.
Fonte:exameinformatica.pt
Artigo sobre bactérias que se alimentam de arsénio está debaixo de fogo ...
Tudo começou com o anúncio da NASA sobre uma conferência onde se iria revelar uma descoberta com implicações na procura de vida extraterrestre. A notícia baseava-se no artigo da Science sobre a bactéria GFAJ-1, natural do lago Mono, na Califórnia, um sítio rico em arsénio.
A astrobióloga Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da NASA, primeira autora do artigo, colocou uma amostra desta espécie num ambiente de cultura rico em arsénio e verificou que as bactérias continuavam a crescer. Através de testes, a equipa percebeu que a GFAJ-1 era capaz de integrar o elemento e usá-lo para substituir o fósforo no ADN.
Toda a vida que se conhece na Terra é construída a partir de seis elementos: hidrogénio, carbono, oxigénio, azoto, fósforo e enxofre. Estes compostos formam maioritariamente as moléculas das células. Isto enviesa a forma como se procura vida extraterrestre. Um planeta que seja bom candidato terá características semelhantes ao nosso. A GFAJ-1 punha em causa esta assunção. Uma bactéria capaz de se alimentar de arsénio obrigaria a olhar para outros ambientes que podem proporcionar vida.
Assim que o artigo foi publicado, surgiram várias críticas de como a experiência foi conduzida. A cientista Rosie Redfield, da Universidade de British Colombia (Canadá) defendeu no seu blogue RRResearch que o meio com arsénio para as bactérias tinha fósforo suficiente para estas sobreviverem e alertou que quando se analisou o ADN, a equipa não limpou o suficiente as amostras e o arsénio encontrado poderia dever-se à contaminação do meio.
O escritor de ciência Carl Zimmer reuniu no seu blogue Discover o comentário de 13 cientistas que também não confiam na experiência. Hazel Barton, da Universidade de Kentucky do Norte, especialista em microbiologia de grutas, questiona o fundamento da teoria. "Se o organismo veio do lago Mono, que tem maiores concentrações de fosfato do que de arsénio, com que razão se adaptaria para criar um ADN com arsénio?" Outros cientistas argumentam a necessidade de uma análise de espectrometria de massa para determinar de facto quais os elementos que compõem o ADN, que não foi feito pela equipa.
Uma das interpretações generalizadas é que as bactérias continuam a aproveitar o fósforo existente no meio, enquanto tentam eliminar o arsénio. Uma "explicação mais parcimoniosa" seria uma "resistência ao arsénio (especialmente quando membros deste grupo [de bactérias] já são conhecidos por destoxificar na presença de grandes concentrações de arsénio)", explicou Barton.
Os autores não responderam directamente às críticas. E a própria NASA criticou o burburinho feito nos blogues e jornais, dizendo que a discussão deveria ficar nos jornais científicos. O coordenador do projecto, Ronal Oremland, da Inspecção Geológica dos EUA, disse na NASA que algumas das experiências sugeridas pelos críticos "valem com certeza a pena", citou a Wired. Não ficou surpreendido com as reacções, mas deixou um desafio. "A única forma de isto ficar esclarecido é as pessoas reproduzirem as experiências por si próprias."
Fonte: publico.pt
terça-feira, novembro 30, 2010
Hexágonos, carbono e o Prémio Nobel da Física de 2010
Um plano, ou monocamada, de grafeno, ao lado de dois planos, ou bicamada, do mesmo material. A zona mais escura corresponde muitos planos de grafeno empilhados.
Um plano, ou monocamada, de grafeno, ao lado de dois planos, ou bicamada, do mesmo material. A zona mais escura corresponde muitos planos de grafeno empilhados.
Peter Blake, Universidade de Manchester
No romance de Edwin Abbot "Flatland: A Romance of Many Dimensions", é criado um mundo abstracto bidimensional habitado por polígonos; a novela é uma crítica à sociedade e cultura Vitorianas. Nesse mundo abstracto a duas dimensões, embora pertencentes à nobreza, os hexágonos ocupam o nível mais baixo dessa classe social. Ora todos sabemos que não existem mundos bidimensionais povoados por hexágonos. E, contudo, a Academia Sueca das Ciências distinguiu com o Prémio Nobel da Física de 2010 um mundo bidimensional povoado apenas por hexágonos em cujos vértices residem átomos de carbono, elevando, deste modo, aquele polígono ao mais alto estrato da nobreza dentro das ciências físicas.
Os laureados com o Prémio Nobel da Física de 2010 são os Professores André Geim e Kostantin Novoselov. A citação relativa à atribuição do prémio é: "pelos seus trabalhos revolucionários sobre o material bidimensional grafeno". O que é, então, o grafeno? Esta nova forma de carbono puro consiste numa rede de hexágonos cujos vértices são ocupados por átomos de carbono. Ou seja, o grafeno é uma folha de espessura atómica - da espessura de um único átomo de carbono, tornando real o mundo imaginado por Abbot. No grafeno os hexágonos estão fixos enquanto que alguns dos electrões do carbono são livres de se movimentarem por toda a rede, saltando de átomo de carbono em átomo de carbono. Este sistema é o sólido mais fino que alguma vez a Natureza produzirá. Na verdade, antes dos resultados de 2004 obtidos pelo grupo do Prof. Geim qualquer físico diria que um material como o grafeno não poderia nunca existir. Felizmente a Natureza é muito mais imaginativa que o seu principal inquiridor. E assim cá temos o grafeno.
O método original de produção de grafeno é tão simples que chega a parecer ingénuo. A grafite (ou carvão) é o empilhamento de um número gigantesco deste planos de hexágonos, sendo produzida pela Natureza ao longo de milhões de anos, a partir de matéria orgânica, por processos fisico-químicos muitos lentos. A ideia da equipa liderada por André Geim foi a de conseguir remover de um cristal de grafite um único desses planos. Como? Simplesmente usando fita-cola para esfoliar a superfície da grafite, um pouco como quem depila as pernas usando cera. Assim, tal como os pelos das pernas vêm agarrados à cera, também folhas individuais de grafeno vêm agarradas à fita-cola. Depois, pressiona-se a fita-cola num vidro e usando um microscópico convencional procura-se por um deste planos nos resíduos deixados no vidro. Com alguma persistência encontram-se planos tão grandes como o que se ilustra na figura. Recentemente, um novo método químico, envolvendo reacções de gases contendo carbono em contacto com superfícies de cobre aquecidas, permite produzir folhas de espessura atómica com cerca de 50 cm de lado. Que tal soa termos nas nossas mãos uma folha de um átomo de espessura?
No testamento de Alfred Nobel a física é a primeira ciência a ser nomeada. Na parte que interessa para este texto pode ler-se: "The whole of my remaining realizable estate shall be dealt with in the following way (...) distributed in the form of prizes to those who, during the preceding year, shall have conferred the greatest benefit on mankind."
A pergunta ocorre com naturalidade: quais os benefícios que o grafeno trouxe, ou trará ainda, à humanidade? Hoje em dia a interpretação do que a palavra "benefícios" significa é algo lata, pois inclui tanto aplicações práticas como avanços significativos no conhecimento que a humanidade tem da Natureza, sem que a isso estejam necessariamente ligadas aplicações de natureza utilitária. No caso do grafeno encontramos os dois mundos reunidos: o do avanço do conhecimento em áreas virgens da Natureza e o das aplicações úteis para a vida das pessoas, decorrentes das investigações fundamentais.
Do ponto de vista da física fundamental, o aspecto mais extraordinário é o facto dos electrões no grafeno, ou seja, movendo-se no tal mundo bidimensional de hexágonos bem ordenados, comportarem-se como se fossem partículas que perdem toda a sua massa, ou seja, partículas no chamado regime ultra-relativista. Por essa razão, foi necessário recalcular todo um conjunto de propriedades electrónicas para os electrões no grafeno, pela simples razão de não haver nem livros nem artigos de onde copiar os resultados. Nunca antes tinha ocorrido aos físicos que num sistema sólido, em cima duma bancada de laboratório, os electrões, como que por magia, perdessem toda a sua massa. Depois do grafeno, todos os novos livros de texto de ensino universitário para os cursos de física da matéria condensada irão incluir novos capítulos sobre este material, e livros mais especializados irão ser-lhe inteiramente dedicados.
No que diz respeito às aplicações utilitárias do grafeno, são elas também inúmeras, algumas já em processo de fabricação em massa. Assim, a atribuição do Prémio Nobel, em tempo muito curto - cerca de seis anos desde a descoberta do grafeno, a qual ocorreu no final de 2004 - a André Geim e Konstantin Novoselov, premeia quer o avanço do conhecimento fundamental quer, como Alfred Nobel deixou escrito, o facto do material prometer muitas e variadas aplicações que beneficiarão a humanidade.
Que aplicações são essas de que atrás se falou? Sendo elas inúmeras, talvez as mais importantes sejam:
* Novos paneis tácteis ("touch-screens") para monitores de computadores e aparelhos de comunicação móvel. Um novo e recente método de produção de grafeno (diferente do que acima se explicou) permite produzir folhas deste material de cerca de 50 cm de largura, sendo possível ter entre as nossas mãos uma folha de espessura atómica. Como o grafeno é transparente, é claro que pode ser usado para produzir monitores. Como é flexível e não quebra com facilidade trará mais durabilidade aos monitores desses aparelhos. Como a sua produção é muito mais barata que os óxidos transparentes usados hoje em dia, trará uma diminuição do preço das tecnologias - aspecto que será muito apreciado.
* Células solares. As células solares necessitam de eléctrodos transparentes à luz, numa larga gama de frequências. A transparência, a flexibilidade, a resistência às deformações e o facto de ser metálico, tornam o grafeno um excelente material para este tipo de dispositivos.
* Detectores de radiação, quer para antenas de uso militar quer para sistemas de vigilância em aeroportos.
* Sensores de pequenas quantidades de certos tipos de moléculas em ambientes fechados. A condutividade eléctrica do grafeno é muito sensível ao tipo de moléculas que se ligam à sua superfície, pelo que se poderão conceber detectores para espécies químicas específicas. Este tipo de "nariz" para gases tem o seu poder olfactivo muito aumentado quando a superfície do grafeno é funcionalizada com ADN.
* Sensores de tensão. A condutividade eléctrica do grafeno depende do estado de deformação do material. Este sustenta deformações até 20% sem quebrar e sem comportamento plástico. É concebível a incorporação em estruturas de sensores baseados em grafeno, para monitorizar estados de deformação das mesmas.
* Sequenciação das bases que constituem o ADN. Produzindo pequenos orifícios numa membrana de grafeno e fazendo passar por esse orifício moléculas de ADN, mostrou-se que a corrente eléctrica através do orifício é sensível ao tipo de base.
* Metrologia, na definição do padrão de resistência eléctrica, recorrendo ao efeito de Hall quantificado.
Finalmente, quem são André Geim e Kostantin Novoselov? São físicos para os quais o gozo está na compreensão dos mistérios da Natureza. Não têm medo de investir tempo em projectos que podem muito bem falhar. Não ficam presos por toda a vida ao que em dado momento aprenderam a fazer, acumulando publicações com a ferramenta que sabem usar. São pessoas extremamente exigentes consigo mesmos e como todos aqueles com quem colaboram. São colegas de fino humor e com que se passa um almoço em agradável companhia.
Como última nota, que esta descoberta estimule e motive os estudantes do Ensino Secundário a escolherem o estudo da Natureza, isto é a Física, como área de formação superior. Ao fim e ao cabo, o Prémio Nobel está ao alcance de um bocado de carvão e de uma fita-cola!
Kostantin Novoselov recebe o Prémio Nobel por trabalho de investigação que realizou enquanto estudante de doutoramento.
André Geim gosta muito de mergulho aquático, de escalar montanhas e é o primeiro físico a acumular os Prémios Ig-Nobel (2000) e Nobel (2010). (O prémio Ig-Nobel é atribuído a trabalhos científicos que "primeiro fazem as pessoas rir e depois pensar".)
Fonte:http://clix.expresso.pt/fisica=s24956
sábado, novembro 27, 2010
Cientista português na lista dos 21 mais talentosos da Europa
Bruno Silva-Santos, do Instituto de Medicina Molecular (Lisboa), foi um dos 21 jovens cientistas eleitos pela Organização Europeia de Biologia Molecular como os mais talentosos da Europa.
Bruno Silva-Santos, 37 anos, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) em Lisboa, foi um dos 21 jovens cientistas eleitos pela Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) como os mais talentosos da Europa.
A distinção integra-se no EMBO Young Investigator Programme e vai apoiar durante três anos, com 45 mil euros, o trabalho de investigação que o cientista português coordena como diretor da Unidade de Imunologia Molecular do IMM, onde lidera uma equipa de 11 pessoas.
A equipa estuda o desenvolvimento e a função das chamadas células T (que pertencem a um grupo de glóbulos brancos conhecido por linfócitos) nas respostas imunitárias a infeções e tumores, tentando perceber quais são os sinais que estas precisam de receber para desencadear o processo de eliminação das células tumorais ou infetadas por microrganismos.
Novas terapias contra o cancro, tuberculose e malária
A meta final desta investigação é contribuir para a conceção de novas estratégias terapêuticas na luta contra o cancro e as infeções crónicas como a tuberculose ou a malária.
"Recebi esta notícia com enorme satisfação. O financiamento é importante, mas este reconhecimento da EMBO abre também à minha equipa o acesso privilegiado a uma série de infraestruturas de investigação, de oportunidades de formação e colaboração científica numa rede notável, com 250 membros", explicou Bruno Silva-Santos ao Expresso.
Bruno destaca ainda o acesso aos Advanced Courses da organização, "que são considerados os melhores cursos a nível europeu", bem como o seu financiamento. E o pagamento pela EMBO das despesas da sua equipa relacionadas como a participação em seminários científicos no estrangeiro.
A EMBO, a que Portugal pertence, é uma organização de cientistas europeus que promove a excelência nas ciências biológicas na Europa, envolvendo várias revistas de prestígio internacional e programas de financiamento à investigação que apoiam anualmente centenas de cientistas.
Segundo prémio da EMBO
Em 2006 o cientista já tinha sido galardoado pela EMBO com um Installation Grant de 250 mil euros em cinco anos, para montar um laboratório no IMM. Bruno ficou na altura entre os primeiros classificados de uma lista de 74 candidatos de toda a Europa.
"Ainda estou a usufruir deste prémio até 2011, o que significa que vai haver uma acumulação com o financiamento de 45 mil euros conseguido agora para desenvolvermos o nosso trabalho nesse laboratório", esclarece o jovem investigador, que tem artigos publicados nas revistas Science, Nature e Nature Immunology.
Curiosamente, esta distinção internacional é a quarta atribuída a investigadores do IMM em novembro. "Estas distinções mostram que estamos na vanguarda da investigação biomédica, reconhecimento que adquire um significado ainda mais relevante nos tempos difíceis que o país atravessa", afirma Maria do Carmo Fonseca, diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular.
Fonte:expresso.pt
sexta-feira, novembro 26, 2010
Investigadores chineses conseguiram encaixar 90 GB numa bactéria
Investigadores da Universidade de Hong Kong desenvolveram uma nova forma de codificação de dados que permitiu "encaixar" 90 GB de dados numa bactéria.
A nova técnica de codificação teve por base a inserção de dados sob a forma de ADN modificado da bactéria, informa o El Pais. Com este processo, os investigadores lograram reduzir substancialmente o volume exigido para o armazenamento dos dados.
Inscrever 90 GB numa bactéria já seria por si um feito notável, mas os mentores do projeto garantem que a mesma técnica pode ser usada para armazenar mais de dois Terabytes num conjunto de bactérias cujo peso não deverá totalizar mais de meia dúzia de gramas.
Além de novos processos de codificação de dados, a experiência tem como aliciante o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de origem biológica. O que, pelo menos em teoria, permitiria fazer com que seres vivos - que podem ser apenas células - pudessem transportar consigo vídeo, software ou apenas elementos identificativos como códigos de barras.
Fonte:exameinformatica.pt
quinta-feira, novembro 25, 2010
Físicos Alemães criaram o “Super-Fotão”
Cientistas da Universidade de Bona, na Alemanha, criaram o quinto estado da matéria, o condensado de Bose-Einstein, usando fotões — algo que em teoria era possível, mas que só se tinha feito com átomos.
A forma como criaram este superfotão, que pode ser útil para aumentar a eficácia de lasers, microchips e painéis solares é descrita na revista "Nature" desta semana.
O condensado de Bose-Einstein é uma fase quântica da matéria. Se os átomos de alguns elementos químicos forem arrefecidos até temperaturas próximas do zero absoluto, verificam-se efeitos quânticos: começam a comportar-se como um único superátomo. Até agora, não se tinha conseguido fazer isto com partículas de luz (fotões) porque, à medida que a temperatura desce, o número de fotões diminui.
Mas a equipa de Martin Weitz conseguiu resolver os problemas práticos usando uma armadilha de luz, que envolve dois espelhos curvos e uma tinta vermelha, para alcançar um ponto de equilíbrio térmico.
A luz semelhante a laser emitida por destes superfotões é do espectro ultravioleta. E isso seria uma vantagem, em comparação com os lasers actuais. “Não somos capazes, hoje em dia, de produzir lasers com um comprimento de onda muito curto, ou seja, no ultravioleta ou no raio X”, explicou Jans Klärs, um membro da equipa, citado num comunicado de imprensa da Universidade de Bona.
Mas ter uma fonte de luz que operasse nesses comprimentos de onda teria grandes vantagens, poderia ajudar a miniaturizar ainda mais os aparelhos electrónicos, criando microchips mais complexos do que os que se conseguem criar com lasers de luz visível.
Fonte:physorg.com
terça-feira, novembro 23, 2010
Wikileaks vai divulgar fugas de informação em massa
Numa mensagem do Twitter, o Wikileaks admitiu revelar um conjunto de informação sete vezes maior que os Iraq War Logs. O assunto da nova informação ainda não é conhecido.
O Wikileaks ficou conhecido pela divulgação on-line de documentação confidencial, nomeadamente com a publicação de documentos relativos às ações norte-americanas no Iraque e no Afeganistão.
O grupo que gere o Wikileaks, e que mantém os servidores na Suécia, continua a pedir, em mensagens do Twitter, apoio monetário a favor da causa que defende, de acordo com a Computerworld.
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, que alega que o seu grupo tem sido perseguido pela CIA e pelo governo sueco, foi recentemente detido pelo Tribunal Distrital de Estocolmo por suspeita de abuso sexual.
O advogado do fundador do Wikileaks já afirmou que Assange foi falsamente acusado e que o caso foi reaberto devido à intervenção de um político sueco, mesmo depois de a vítima ter retirado a queixa.
Fonte:E.Informatica
quinta-feira, novembro 18, 2010
Ig Nobel da Física 2010
E o vencedor é?!!!!!
Lianne Parkin, Sheila Williams, e Patricia Priest da Universidade de Otago, New Zealand, por terem demonstrado que as pessoas que fazem passeios no gelo durante o Inverno escorregam menos se usarem meias do lado de fora dos sapatos.
Exemplo a seguir,
…………..LOL………………….
Ver mais: http://improbable.com/ig/winners/#ig2000
quarta-feira, novembro 17, 2010
AntiHidrogénio armazenado no CERN
Os Físicos do CERN em Genebra foram os primeiros a capturar e armazenar por longo período de tempo átomos de antimatéria. Tempo suficiente para o estudo das suas propriedades em detalhe. A equipa conseguiu “prender” 38 átomos de anti-Hidrogénio durante 170 ms.
A próxima etapa dos investigadores será medir o seu espectro de energia, o que poderá dar uma grande pista sobre o porque de existir mais matéria do que antimatéria no universo.
The ALPHA central apparatus and mixing potential.
Fonte: http://physicsworld.com/cws/article/news/44343
Ver mais: nature.com
quarta-feira, novembro 10, 2010
Investigadora da UMinho vence Prémio da Sociedade Portuguesa de Materiais
A aluna Sónia Costa, do mestrado integrado em Engenharia de Materiais da Universidade do Minho, acaba de vencer o Prémio SPM 2010. O galardão foi atribuído pela Sociedade Portuguesa de Materiais ao melhor trabalho apresentado por finalistas do 2º ciclo de Ciências e Engenharia de Materiais em Portugal. A sua investigação, "Desenvolvimento de Ligas de Alumínio de Ultra Alta Resistência", foi realizada no Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais (CT2M), sob orientação dos docentes Ana Pinto e Joaquim Barbosa, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia da UMinho.
As ligas de alumínio tradicionais têm uma vasta aplicação na indústria dos transportes, em particular devido à sua baixa densidade. No entanto, a sua utilização está limitada pela temperatura em serviço. Foi objectivo da investigação premiada analisar o efeito da adição de escândio na resistência mecânica de ligas de alumínio. Foram estudadas ligas com vários teores de escândio processadas em diferentes condições.
Os resultados mostraram que em condições de processamento optimizadas a formação de nanoprecipitados de alumineto de escândio promove um aumento significativo da resistência liga. Além disso, verificou-se que as ligas têm uma elevada estabilidade térmica, o que as torna particularmente atractivas para aplicações na indústria automóvel e aeronáutica em componentes sujeitos a alta temperatura, como por exemplo os motores.
O prémio foi entregue no evento comemorativo "Dia Mundial dos Materiais 2010", que decorreu recentemente na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, sendo promovido pela Sociedade Portuguesa de Materiais e pelo Colégio de Engenharia de Materiais da Ordem dos Engenheiros. A sessão incluiu a atribuição dos prémios às melhores investigações de finalistas do 2º ciclo de Ciências e Engenharia de Materiais dos anos lectivos 2008/09 e 2009/10. Houve 19 trabalhos a concurso provenientes de sete instituições de ensino superior - universidades do Minho, Porto, Aveiro, Coimbra, Beira Interior, Nova de Lisboa e Instituto Superior Técnico.
terça-feira, novembro 09, 2010
Utilização de portáteis no colo pode causar infertilidade masculina
Estudo comprova que a utilização de portáteis no colo pode ser prejudicial para a fertilidade masculina.
O estudo foi levado a cabo pelo urologista Yelim Sheynkin, da Universidade de Nova Iorque, e publicado no jornal da especialidade Fertility and Sterility, como referiu a Reuters.
O referido estudo alerta a população masculina para o sobreaquecimento que a utilização de computadores portáteis no colo pode provocar nos testículos. O referido estudo diz que se pode atingir uma temperatura insegura em apenas dez ou quinze minutos de utilização.
Os investigadores verificaram que depois de uma hora a utilizar o portátil no colo, a temperatura nos testículos aumentou 2,5 graus Celsius. Segundo estudos feitos anteriormente, basta haver um aumento de um grau para o esperma humano ficar danificado.
Os investigadores referiram, também, que mesmo com recurso a tapetes de refrigeração para portáteis, o aparelho reprodutor masculino aquece demasiado devido ao calor libertado pelo computador.
O estudo concluiu, assim, que os homens que colocam frequentemente o portátil no colo têm maior probabilidade de sofrer problemas de fertilidade.
Fonte: E. Informática
Google paga a quem descobrir falhas nos seus sites
A Google quer pagar a investigadores de segurança que descubram falhas nas páginas da empresa. A recompensa vai dos 500 aos 3133,70 dólares.
O programa é ainda "experimental" e a Google pretende ter conhecimento das falhas antes de estas chegarem ao domínio público, explica a ComputerWorld. A estratégia já tinha sido utilizada para apanhar falhas no código do Google Chrome, onde pagou mais de 50 recompensas.
A Google dá algumas indicações de segurança sobre o que é que os investigadores devem procurar nos servidores da empresa e afirma que não paga por bugs descobertos na infraestrutura da empresa, sites da Google alojados por outros ou em sites de empresas adquiridas recentemente.
Fonte:Exame Informática
sexta-feira, novembro 05, 2010
Star Wars 'telepresence' tantalisingly close
Os hologramas em tempo real chegaram e fizeram a capa da revista Nature desta semana. Uma equipa do Arizona produziu imagens em 3D a formarem-se em tempo real que podem ser observadas sem qualquer tipo de óculos com a ajuda de um ecrã.
“Digamos que eu quero dar uma palestra em Nova Iorque. Tudo o que preciso é um conjunto de câmaras aqui no meu escritório em Tucson [no Arizona] e uma ligação de internet rápida”, explicou por comunicado o professor Nasser Peyghambarian, líder da equipa. “No outro terminal, em Nova Iorque, haveria uma mostra 3D onde se usava o sistema de laser. À medida que os sinais de imagens são transmitidos, os lasers inscrevem-se no ecrã e transformam-se numa projecção a três dimensões de mim a falar”, acrescentou.
O protótipo utiliza um ecrã de dez polegadas feito de um material novo, um polímero capaz de recriar o processo pelo qual nós observamos naturalmente a três dimensões as imagens que vemos.
Com esta tecnologia, as imagens são gravadas num local com várias câmaras e a informação é codificada em pulsos de raio laser a uma grande velocidade. Estes raios laser interferem com outros raios que servem como referência base. É o padrão desta interacção que é inscrito no ecrã. Cada laser grava um “hogel” – um pixel holográfico que tem três dimensões.
“No coração do sistema está um ecrã capaz de actualizar o holograma a cada dois segundos, tornando-o no primeiro sistema a alcançar uma velocidade que pode ser descrita como sendo quase a tempo real”, disse Pierre-Alexandre Blancem professor na Universidade do Arizona, primeiro autor do artigo da Nature.
Uma das grandes novidades que este objecto traz é a capacidade da paralaxe. Quando se olha para o ecrã, ao mover-se a cabeça para a esquerda e para a direita, ou para cima e para baixo, vemos diferentes perspectivas do objecto.
A técnica vai ser aperfeiçoada para se tornar mais rápida e com várias cores, mas os autores já adivinham a utilização da tecnologia no entretenimento, na publicidade, na produção de mapas 3D que se actualizam e na telemedicina. “Cirurgiões em diferentes locais do mundo podem observar em 3D, em tempo real, e participarem nos procedimentos cirúrgicos”, defendem os cientistas.
Fonte:publico.pt
Para saber mais:http://physicsworld.com/cws/article/news/44240