domingo, fevereiro 27, 2011

Neil Gershenfeld, o fabuloso





A terceira revolução digital será a do fabrico digital para o mercado unipessoal, diz Neil Gershenfeld, físico e informático, director do Centro de Bits e Átomos do MIT, nos EUA. E já está em marcha no mundo inteiro. Onde? Nos Fab Labs. "Fab" como "fabrico" mas também como "fabuloso".


Em 1998, Neil Gershenfeld inaugurou uma cadeira inédita no Massachusetts Institute of Technology (MIT): "Como fabricar (quase) qualquer coisa". O sucesso foi tal que da teoria passou à prática, e uns anos mais tarde criou os Fab Labs, uma rede mundial de laboratórios, abertos a todos, onde crianças dos quatro anos para cima e adultos sem limite de idade, mesmo nos locais mais remotos ou desfavorecidos do planeta, podem fabricar coisas circuitos e brinquedos microelectrónicos, mas também objectos mais quotidianos, com a ajuda de uma panóplia de computadores, de máquinas de cortar de alta precisão e de microscópios especializados.

Hoje, já existem mais de 25 Fab Labs, de Boston à Índia e da Noruega ao Gana e milhares de pessoas já passaram por eles. Gershenfeld, o "pai" dos Fab Labs, é professor no MIT, onde dirige o Centro de Bits e Átomos, cujo objectivo final é tornar o mundo físico e o mundo dos bits indissociáveis.

É conhecido pelo seu pioneirismo e participação em projectos na área dos "wearable computers" a informática "pronta-a-vestir", com microprocessadores presentes dos óculos aos sapatos; da "Internet das coisas" (a interligação em rede de todos os objectos do dia-a-dia, que deverá transformar o mundo numa gigantesca teia); e ainda em coisas tão futuristas como um computador que se aplica como tinta nas paredes ou tão estrambólicas como um computador quântico que funciona dentro de uma chávena de café... (não, não leu mal).


O guru dos Fab Labs (é assim que se auto-intitulam os responsáveis por estas mini-fábricas) deu há alguns dias uma conferência na Universidade Nova de Lisboa e revelou que os próximos Fab Labs a abrir poderão ser em solo português. A seguir, falou com o PÚBLICO.



Para ver na integra:  publico.pt

Sem comentários: