sexta-feira, julho 15, 2011

Físico Nuno Peres, da UMinho, vence Prémio Gulbenkian Ciência



Nuno Peres, investigador do Centro de Física e professor do Departamento de Física da Escola de Ciências da Universidade do Minho, venceu o Prémio Gulbenkian Ciência 2011, anunciou esta manhã a Fundação Calouste Gulbenkian. Nuno Peres é apresentado como um dos mais reputados físicos teóricos mundiais a trabalhar sobre o grafeno, a forma bidimensional do carbono, que tem uma ampla aplicação futura no domínio da electrónica. A cerimónia de entrega do galardão é a 20 de Julho, na sede da Gulbenkian, em Lisboa.

O investigador da UMinho colaborou com Andre Geim e Konstantin Novoselov (Universidade de Manchester), que descobriram este material e ganharam o Nobel da Física em 2010. Nuno Peres, em conjunto com António Castro Neto (Boston) e Francisco Guinea (Madrid), previu a existência de uma nova forma do efeito de Hall quântico no grafeno, tese posteriormente confirmada pela dupla de Manchester e publicada em 2006 na “Physical Review B”. O trabalho tornou-se o artigo teórico mais citado na área da física do grafeno e o terceiro artigo português mais citado do ano. Além disso, Nuno Peres descreveu teoricamente a opacidade do grafeno, cujos resultados experimentais foram publicados em 2008 na revista “Science”, em conjunto com o grupo de Manchester.

Nuno Peres, de 44 anos, é natural de Arganil, Coimbra, e tem sido orador convidado em várias conferências internacionais, como as reuniões anuais da American Physical Society. É co-autor do mais citado artigo de revisão sobre grafeno, editado na “Reviews of Modern Physics” (cerca de 1700 citações). Já venceu os prémios Seeds of Science 2011, de Mérito à Investigação da UMinho 2009 e de Mérito da Universidade de Évora. É membro da Academia das Ciências de Lisboa (desde Março) e da Sociedade Portuguesa de Física (desde 1987). Foi ainda professor visitante em Turku (Finlândia), Boston (EUA) e Dresden (Alemanha).

O júri do Prémio Gulbenkian Ciência 2011 foi formado por Fernando Lopes da Silva (presidente), Alexandre Quintanilha, Augusto Barroso, Luís Magalhães e Manuel Nunes da Ponte. O galardão, atribuído regularmente pela Fundação Gulbenkian desde 1976, conquistou um lugar de grande prestígio no seio dos cientistas portugueses.

Fonte: www.uminho.pt

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